Os autores deste blog estão de férias. Até Setembro!
12 agosto, 2011
05 julho, 2011
NY City, 90's
Ice-T (com Dre de Matteo) em 'R Xmas (2001), de Abel Ferrara.
Abel Ferrara é provavelmente, daquilo que conheço, o realizador que mais hip-hop coloca na banda sonora dos seus filmes (a par, talvez, do inevitável Spike Lee). "Signifying Rapper", de Schooly D (sample dos Led Zeppelin), por exemplo, é tema recorrente em Bad Lieutenant (1992), e encaixa que nem uma luva no ambiente urbano "sujo" e marginal da Nova Yorque dos anos 90, o qual é personificado na personagem interpretada por Harvey Keitel, um polícia amoral, absolutamente corrompido e em constantes bad trip.
Mas não é só na música que a atracção de Ferrara pelo underground nova iorquino é visível; a sua câmara filma repetidamente os passeios de Brooklyn (Ferrara nasceu no Bronx, diga-se de passagem), por exemplo, onde pululam negros traficando ou consumindo droga ou simplesmente conversando (chilling, para bom entendedor). Para os amantes de hip-hop, como é o meu caso, é um autêntico deleite a forma como Ferrara capta a atmosfera dos anos 90, década em que o hip-hop se estabeleceu, definitivamente, como cultura urbana. E isso é perceptível, na câmara de Ferrara, não só pela música, mas também pelas roupas, os tiques físicos (aquele gingar dengoso e de peito aberto) ou simplesmente pela linguagem peculiar dessa cultura.
Essa atmosfera está presente não só em Bad Lieutenant, mas também em filmes como King of New York (1990) ou 'R Xmas (o filme é de 2001, mas todo ele respira anos 90). Este último conta, aliás, com a interpretação do rapper Ice-T.
A filmografia de Abel Ferrara (um admirador confesso de Nova Yorque - do que conheço, não sei de nenhum filme seu que não se passe na cidade "que nunca dorme") é, pois, obrigatória para todos aqueles que se interessam pelo hip-hop enquanto cultura personalizada que, germinada a partir dos ghettos americanos, se estendeu para fora deles e se afirma hoje como cultura de massas, planetária e, como qualquer outra (para o bem e para o mal), indissociável do consumismo (também ele uma nova "cultura" urbana, suponho...) nascido no mundo ocidental.
Abel Ferrara é provavelmente, daquilo que conheço, o realizador que mais hip-hop coloca na banda sonora dos seus filmes (a par, talvez, do inevitável Spike Lee). "Signifying Rapper", de Schooly D (sample dos Led Zeppelin), por exemplo, é tema recorrente em Bad Lieutenant (1992), e encaixa que nem uma luva no ambiente urbano "sujo" e marginal da Nova Yorque dos anos 90, o qual é personificado na personagem interpretada por Harvey Keitel, um polícia amoral, absolutamente corrompido e em constantes bad trip.
Mas não é só na música que a atracção de Ferrara pelo underground nova iorquino é visível; a sua câmara filma repetidamente os passeios de Brooklyn (Ferrara nasceu no Bronx, diga-se de passagem), por exemplo, onde pululam negros traficando ou consumindo droga ou simplesmente conversando (chilling, para bom entendedor). Para os amantes de hip-hop, como é o meu caso, é um autêntico deleite a forma como Ferrara capta a atmosfera dos anos 90, década em que o hip-hop se estabeleceu, definitivamente, como cultura urbana. E isso é perceptível, na câmara de Ferrara, não só pela música, mas também pelas roupas, os tiques físicos (aquele gingar dengoso e de peito aberto) ou simplesmente pela linguagem peculiar dessa cultura.
Essa atmosfera está presente não só em Bad Lieutenant, mas também em filmes como King of New York (1990) ou 'R Xmas (o filme é de 2001, mas todo ele respira anos 90). Este último conta, aliás, com a interpretação do rapper Ice-T.
A filmografia de Abel Ferrara (um admirador confesso de Nova Yorque - do que conheço, não sei de nenhum filme seu que não se passe na cidade "que nunca dorme") é, pois, obrigatória para todos aqueles que se interessam pelo hip-hop enquanto cultura personalizada que, germinada a partir dos ghettos americanos, se estendeu para fora deles e se afirma hoje como cultura de massas, planetária e, como qualquer outra (para o bem e para o mal), indissociável do consumismo (também ele uma nova "cultura" urbana, suponho...) nascido no mundo ocidental.
03 junho, 2011
29 maio, 2011
Gil Scott-Heron
A morte de Gil Scott-Heron (GSH) tem um significado duplo.
Por um lado, marca a partida de um dos últimos ícones negros da soul e da spoken word norte-americana, cujo feliz “The revolution will not be televised” - hoje um autêntico adágio planetário - demonstra a dimensão profundamente social e política da carreira de GSH.
Por outro lado, ainda, a partida GSH acontece num momento em que a sua carreira ameaçava ressurgir, para o bem de todos nós. Depois de um álbum fenomenal como I'm New Here, disco de balanço (ainda que um disco “de regresso”), GSH voltou a ter o mundo aos seus pés, 16 anos depois do seu último registo.
Repescado pelos produtores jovens que estão a dar cartas, mais inseridos na cena actual (seus gostos e tendências), GSH conseguiu fazer um disco moderno (se GSH não fosse o histórico que é, talvez qualificassem o seu disco de “trip-hop” ou “down-tempo”) , arrojado mesmo (logo na abertura do disco ouvimos GSH a declamar sobre a “Flashing Lights”, de Kanye West), sem deixar de ser ele próprio: a voz pausada, profunda e com o seu quê de revolucionário de sempre. Na verdade, I’m New Here foi produzido por Richard Russell, o patrão da XL Recordings, que conseguiu fazer com GSH um disco que não deixará de agradar aos seus seguidores mais antigos (lá está, a voz e o estilo estão aí, sem tirar nem pôr), e que, mais importante, atraiu gerações mais novas, para quem GSH era um nome pouco mais do que desconhecido. I’m New Here, disco soturno, reflexivo, de melodias esconsas e beats (beats mesmo!) minimalistas, era um ponto de viragem na carreira de GSH. Podia muito bem significar o regresso do americano aos seus melhores momentos. A dúvida ficará sempre no ar. Enquanto isso, resta-nos relembrar, aos que foram, o sóbrio mas belíssimo concerto que este senhor deu na Casa da Música, dia 15 de Maio de 2010.
Pessoalmente, ficou-me a imagem de um homem um tanto gasto pelo tempo (e pelas drogas...), ainda que ao mesmo tempo bem humorado e um verdadeiro gentleman. Mas os seus olhos pequeninos denunciavam algum cansaço, próprio de quem já viveu muitas lutas em tempos outros, tempos de causas e acções. Próprio de quem, enfim, é, de facto, novo aqui, neste século XXI. Ainda assim, e esta é a melhor imagem que guardo daquela noite, GSH parecia um avô ternurento que todos queríamos ter quando se sentou ao piano e nos contou uma história. Chamava-se “Winter in América”:
I'm New Here foi considerado aqui, por nós dois, como o melhor disco de 2010.
28 maio, 2011
Gil Scott Heron (1949 – 2011)
http://www.publico.pt/Cultura/morreu-gil-scottheron-o-precursor-do-rap_1496385
Felizmente, nao desperdicei a unica oportunidade que tive
easy listening (42): the truth is all there is
"The Truth" (feat. Roisin Murphy), do louco Handsome Boy Modeling School (álbum So...How's Your Girl?).
Como comentou alguém no youtube:
"I feel classy as fuck now".
26 maio, 2011
28 abril, 2011
betrue2 @ Queima das Fitas do Porto
Vamos estar a tocar terça-feira, dia 3, na Tenda Mundos, na Queima das Fitas do Porto!
Começaremos a partir das 2h30, depois do concerto dos Anónami Nuvolari.
Para quem quiser dançar numa toada heterogénea (rock, funk, hip-hop, disco), já sabe que o melhor lugar será na Tenda Mundos!
IT'S DA SOUND OF DA POLICEEE
19 abril, 2011
gifted unlimited rhymes universal
Foi há um ano.
A música, o hip-hop e todos nós ficámos um pouco mais pobres.
Guru estará sempre na memória dos que, como eu, cresceram a ouvir o hip-hop que hoje é desconhecido para os ouvidos de miúdos bloqueados pelo tele-lixo musical que lhes entra em casa sem pedir licença. Como alguém disse, o hip-hop dos "smooth beats and deep lyrics". É só esse o hip-hop que eu conheço e do qual Guru foi um gigante. Para mim, o maior de todos.
Vemo-nos por aí, entre "smooth beats e deep lyrics". Não pode ser de outra forma...
Guru em "Jazzalude III - Hip Hop as a Way of Life", faixa de Jazzmatazz Vol. 2: The New Reality (1995).
A música, o hip-hop e todos nós ficámos um pouco mais pobres.
Guru estará sempre na memória dos que, como eu, cresceram a ouvir o hip-hop que hoje é desconhecido para os ouvidos de miúdos bloqueados pelo tele-lixo musical que lhes entra em casa sem pedir licença. Como alguém disse, o hip-hop dos "smooth beats and deep lyrics". É só esse o hip-hop que eu conheço e do qual Guru foi um gigante. Para mim, o maior de todos.
Vemo-nos por aí, entre "smooth beats e deep lyrics". Não pode ser de outra forma...
Guru em "Jazzalude III - Hip Hop as a Way of Life", faixa de Jazzmatazz Vol. 2: The New Reality (1995).
16 abril, 2011
easy listening (41): I'm a evil, evil woman but I wanna do a man some good
"Blossom's Blues", por Blossom Dearie (disco homónimo, de 1959).
15 abril, 2011
11 abril, 2011
09 abril, 2011
quando as galinhas têm dentes
Não é que o (grotesco) Lil Wayne conseguiu fazer uma boa música?
Mais estranho: não é que o Lil Wayne conseguiu fazer uma uma boa letra?
Para o mundo se pasmar por completo: não é que o Lil Wayne, sim, esse mesmo, conseguiu, proeza das proezas, fazer uma boa música e uma boa letra?
Está certo que tem o Robin Thicke na produção; mas só o facto de ele, Lil Wayne em pessoa, ter a sua voz numa musiquinha com pés e cabeça já é motivo de espanto.
Qualquer dia é, sei lá, ao Akon que dá para fazer uma tolice destas.
08 abril, 2011
03 abril, 2011
01 abril, 2011
29 março, 2011
The Upsetter: The Life and Music of Lee Scratch Perry Film Trailer
"The Upsetter tells the fascinating story of Lee “Scratch” Perry, a visionary musician and artist from poor rural Jamaica who journeyed to the big city in the late 1950s with dreams of making it in the burgeoning record industry. Lee Perry burst on the scene with a brand new sound, inventing a genre of music that would come to be called reggae, while mentoring a young Bob Marley and gaining international recognition as a record producer and solo artist. The Upsetter charts 70 years in the life of Lee “Scratch” Perry in his own words through an exclusive interview given to American filmmakers Ethan Higbee and Adam Bhala Lough in Switzerland in 2006. It is equally a documentation of 30 years of Jamaican music and culture as it is a study of one of the most creative and inspiring human beings of all time. The film is narrated by Academy Award winner Benico Del Toro. Screening dates are available here."
23 março, 2011
underneath the pine
22 março, 2011
easy listening (39): ND
Nunca fui grande fã de Nate Dogg, homem que ficou mais conhecido pelas colaborações nas faixas de outros artistas (quase sempre fazendo o coro melífluo dos refrões) do que propriamente pelos seus álbuns.
Mas a verdade é que, goste-se ou não do estilo, Nate Dogg sempre se fez rodear de bons beats, com os quais desenhou baladas de RNB muito melodiosas e fáceis ao ouvido.
Com a morte de Nate Dogg, perde-se um dos últimos nomes históricos da primitiva West Coast do hip-hop norte-americano, a mesma que nos revelou Snoop Dogg, Ice-T, Dr. Dre ou Tupac.
Até sempre!
16 março, 2011
12 março, 2011
cinema na Faculdade de Direito UP
07 março, 2011
Theo Parrish
Mini-entrevista com Theo Parrish, DJ e produtor de Detroit, cujo trabalho, dentro do espectro da música electrónica, se debruça essencialmente sobre o cruzamento da house music (a la Detroit, pois claro) - e de vertentes mais desalinhadas, como o chamado "tech house", por exemplo - com a música negra (soul, hip-hop, etc.).
Mas não só. Vejam bem o video... Este homem é um autêntico "cientista" de som... DOPE!
Theo Parrish foi capa da revista Wire de Março, onde dá uma entrevista muitíssimo interessante sobre a Música: a música enquanto Arte, enquanto forma de existir do homem. Foi através dela que cheguei ao conhecimento deste homem de Detroit. Se tiverem oportunidade, leiam essa entrevista (não está disponível on-line, infelizmente).
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theo parrish
06 março, 2011
easy listening (38): Sex with strangers
"Sex with strangers", hipnótica faixa do álbum Kissin' Time, da britânica Marianne Faithfull.
Videoclip com Kate Moss.
o micróbio do samba
O Micróbrio do Samba é o nome do novo álbum de Adriana Calcanhoto, com lançamento previsto ainda para este mês. O álbum já tem um single lindíssimo a rodar por aí, de seu nome "Eu vivo a sorrir".
Adriana Calcanhoto virá apresentar o seu novo trabalho dias 6 e 7 Maio, em Lisboa (CCB), e dia 8 Maio, no Porto (Casa da Música).
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o microbio do samba
ovni
Na sexta-feira à noite fui sair a um bar/discoteca no Porto e às tantas dei por mim na pista de dança, de olhos fechados, suadíssimo, a debitar a letra da "Falsos Amigos", dos Mind da Gap.
Dá para acreditar?
(o DJ também passou Dr. Dre, MOP, Lauryn Hill, etc., mas não há comparação possível)
P.S.: NÃO era uma festa de hip-hop.
Dá para acreditar?
(o DJ também passou Dr. Dre, MOP, Lauryn Hill, etc., mas não há comparação possível)
P.S.: NÃO era uma festa de hip-hop.
01 março, 2011
DETOX
(peço desculpa pela falta de acentuaçao mas neste momento nao me e possivel escrever de outra forma no teclado em que me encontro)
Dr. Dre, uma das lendas vivas do hip-hop mundial, prepara-se para voltar naquele que sera alegadamente o seu ultimo album - Detox, cujo lançamento tem sido sucessivamente adiado nos ultimos anos.
Pela amostra posta a circular (o single "Kush", cujo videoclip ate tive vergonha de o por aqui, por isso deixei-o quietinho la no youtube), longe vao os tempos de The Chronic e 2001, albuns fundamentais em qualquer colecçao de hip hop. E que Dre nao so insuflou a sua massa muscular como ate ja canta com gente como Akon... e ja disse tudo.
Tudo bem que nao e novidade que Dre ja anda a produzir hip-hop foleiro q.b. ("bang-pop-bitchie") para uma serie de gente ha uns bons anos, mas e sempre custoso ver o proprio a lançar um album nessa linha.
O single "I Need a Doctor" augura, e certo, algo de mais positivo, embora comece a tornar-se urgente que alguem diga ao Eminem que ele soa sempre da mesma forma (aquele tom invariavelmente "guerreiro" e neurotico) quer a musica seja com o Dre, quer seja com a... Rihanna. Alguma coisa esta mal, digo eu.
Mas bem, podemos sempre pensar que sao apenas dois singles e que o resto do album sera ao estilo daquilo que fez dele um dos nomes maiores do hip-hop, por quem tenho um respeito muito grande:
Nao coloco mais faixas, caso contrario o blog fica muito pesado. Okaaaay, sim, falta uma...:
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28 fevereiro, 2011
25 fevereiro, 2011
22 fevereiro, 2011
betrue @ Porto Rio
easy listening (36): Somethings Gotta Give
Big Boi - "Somethings Gotta Give" (com Mary J. Blige).
Não sei de quem é o beat, mas bem que podia ter sido produzido pelo Premier nos seus tempos dos Gangstarr...
Grande letra:
"You can try to run the planet
Or watch it on the news
Somebody's getting shot
The weathermans looking confused
He's reporting to a nation full of zombies
Strung out on Starbucks and bitching Abercrombie
(...)
refrão:
They try to tell us to stay strong, but every day we losing jobs,
from College Park down to Beverly Hills,
Somethings Gonna Have to Give
Across the world they live in fear but its the same thing over here
If you can hear me on Capitol Hill,
Somethings gonna have to give
(...)
Single mother in the swallows and its no fun, but you dont really understand until you are one, a childs sick and hes losing his endurance, she wanna fix him but she aint got no insurance.
Now we don't even wanna talk about the man's bite
Out on parole with the promise that he'll do right,
but a felon has no chance for a new start,
so its back to doing hand to hand on his own life,
and blacknights were all the same, and I know you feel my pain,
and the only hope I have that help me deal with the drama,
is that maybe in November
I'll be cheering for Obama
(...)
Step on the stars, while your reaching for the sun, but never burn a bridge, each one teach one
If you lend a helping hand, you may never need one
(...)"
21 fevereiro, 2011
20 fevereiro, 2011
easy listening (35): Gotta hold on
"Gotta hold on", faixa de Mudfoot Jones, álbum lançado em 2006 pelos The Basement Boys. Dope!
"Stone Rollin'", em Março
Acrescento ao post abaixo que "Good Man" é, a par do já divulgado "Radio", um single de Stone Rollin', novo álbum de Raphael Saadiq, cujo lançamento comercial está previsto para o próximo mês de Março. Vamos ficar atentos!
"Radio"
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stone rollin'
19 fevereiro, 2011
gone baby, don't be long
Erykah Badu - Gone Baby, Don't be Long from beeple on Vimeo.
Faixa do último álbum de Erykah Badu, New Amerykah Part Two: Return of the Ankh (2010).
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New Amerykah Part Two: Return of the Ankh
18 fevereiro, 2011
The Legendary: A Film About The Roots
During the latter part of 2010 Jeff Baraka and I had the opportunity to cover a number of concerts on the Hennessey Artistry Tour with the Legendary Roots Crew.
I have always been a huge fan of the music created by the best band to ever grace the Hip-Hop genre. In this film I wanted to not only highlight the versatility of a group that has played with most everyone in the industry. But also capture candid moments of real human beings just trying to share the gifts they have been given to the best of their abilities.
In addition to the Hennessey Tour, we got an chance to sit down with drummer ?uestlove at the House of Blues in Chicago as the Roots gave the audience a glimpse of why they are considered by many the hardest working band in show biz. All and all the Roots have proven time again that they are indeed Legendary.
15 fevereiro, 2011
word up!
"i roll with skaters and musicians with an intuition. i created OF because i feel we're more talented than 40 year old rappers talking about gucci."
14 fevereiro, 2011
13 fevereiro, 2011
yes, we can
"Yes, we can" - esse contemporaneo adagio que hoje serve para quase tudo que se queira chamar de "reivindicacao" -: e o que apetece responder depois de se escutar "You can dance", faixa de Ivory Tower, album editado em 2010 pelo canadiano Chilly Gonzales.
(peço desculpa pela falta de acentuacao mas estou num teclado em mau estado!)
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07 fevereiro, 2011
james blake
O ano ainda só agora começou mas este é um álbum que se candidata desde já aos melhores de 2011.
Dubstep, electrónica e uma voz cheia de soul fazem do novo álbum de James Blake uma peça harmoniosa, minimalista, de audição exigente mas compensadora.
"Limit to your love", single de estreia lançado ainda em 2010 - cujo videoclip é um belo pedaço de cinema, diga-se - é facilmente reconhecível por ser uma cover da faixa com o mesmo nome presente em The Reminder (2007), de Feist. Comparações? Oiçam vocês mesmos!
Mas há muito mais para além disso neste disco, que começa muito bem e se torna um pouco mais monótono lá para o fim... Enjoy!
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05 fevereiro, 2011
28 janeiro, 2011
de volta de onde nunca saímos
Há um significativo hype à volta de No Time For Dreaming, primeiríssimo disco de Charles Bradley, e percebe-se: o homem - que, note-se bem, tem 62 anos (sim!) e está a lançar o seu primeiro disco (sim!)- está em 2011 a fazer um disco de 60, 70. Se nos dessem a ouvir como sendo de um estreante, decerto não acreditaríamos, ajuizando que esta voz (muito na linha de trovadores da soul como Lee Fields ou Syl Johnson) não poderia ter passado tanto tempo no anonimato. Mas o espanto ganharia verdadeira forma quando nos dissessem que o que estávamos ouvir era deste século...
Ouvir No Time For Dreaming significa, mais do que escutar um belo disco, fazer uma experiência estética: acreditar, ao longo de 12 refinadas faixas, que estamos a ouvir um disco da soul mais clássica (inevitavelmente diferente da soul contemporânea de um Aloe Blacc ou de um Mayer Hawthorne) produzida hoje, nos nossos dias. Afinal, nem tudo vai lá atrás...
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no time for dreaming
o céu não é o limite
Quando um dos melhores blogs sobre música que conheço fala assim de uma banda portuguesa, estamos conversados.
A Orelha está mesmo no topo do mundo!
P.S.: Sobre Sam the Kid, limita-se a dizer que, enfim, é só um "beatmaker de mão cheia, na minha opinião, um dos tops no mundo".
A Orelha está mesmo no topo do mundo!
P.S.: Sobre Sam the Kid, limita-se a dizer que, enfim, é só um "beatmaker de mão cheia, na minha opinião, um dos tops no mundo".
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coming to town
Onra, cujo LP Long Distance foi ainda há pouco considerado aqui pela casa como um dos melhores registos de 2010, vem a Portugal, dia 5 Fevereiro, ao clube ODESSA, em Lisboa.
Será uma noite de muito boa música, por certo:
("Mechanical", do LP Long Distance)
Será uma noite de muito boa música, por certo:
("Mechanical", do LP Long Distance)
27 janeiro, 2011
21 janeiro, 2011
15 janeiro, 2011
A New Vision for Lacoste: Felipe Oliveira Baptista
Felipe Oliveira Baptista is the new creative director for Lacoste. Born in Portugal in 1975, Baptista studied design and fashion design at Kingston University in London, and went on to design for Max Mara and Cerruti before founding his own label in 2003. Four months into his new gig (replacing Christophe Lemaire, who is now at the helm of Hermès), the Paris-based fashion designer sits down with Dazed Digital to talk about his visions for the famous sportswear brand...
Dazed Digital: Besides drumming up collections for your own namesake line Felipe Oliveira Baptista, you are now also heading up Lacoste. Stressed much? Tell me about your new life.
Felipe Oliveira Baptista: (Laughs). I have meetings all day, nonstop... And sometimes I have to fight with my PA’s: “Can you please do me one day without three million appointments, you know, I HAVE to design clothes” (laughs). Honestly, I’m not sleeping much. It’s pretty crazy, but it’s the beginning, so I need the time to learn.
DD: Do you feel it’s hard to switch between Lacoste and your own brand?
Felipe Oliveira Baptista: No, I’ve always been working on the side, it’s just time that is really precious. But it’s a nice exercise to go from black to white. Actually, when I was picked for Lacoste, they thought I was interesting because I have my own label and it’s something creative and different.
DD: So what are your visions for Lacoste?
Felipe Oliveira Baptista: I really want to make the brand more real and urban. Lacoste is all about color and up to now it’s almost like every season we did all the colors in the world. My idea is to create stories around color, create novelty and use color in a more subtle way to make it more realistic. That approach is quite different. I’ve also been working a lot on the evolution of fabrics, much softer, much more comfortable...
DD: Are there typical stylistic references you want to maintain or get rid of?
Felipe Oliveira Baptista: There are a lot of things I like about the brand: the sportswear, the easiness, the chicness and the relaxed [attitude]. I think, not that they were lost, but Lacoste was almost too much in a retrospective image of just tennis and 1930s. The codes of the brand are so strong. My idea is to give them maximum coherence and to work around them. I really want to give the brand a stronger reference as an everyday casual easy-wearing brand with an urban edge.
DD: Who is the typical Lacoste client you’re aiming for?
Felipe Oliveira Baptista: That’s the thing that is great about Lacoste. The polo for example, which is the number one iconic piece, you see it everywhere on everyone, from the young to the old to the rich to the poor to the stylish to the less stylish to the fashion-conscious. I think that kind of democratic dimension of the brand is very appealing. It’s not much about status or anything. It’s just a lifestyle that can appeal to a lot of people and I’m really working on that direction as well.
DD: How will your work for Lacoste compare to your own brand’s aesthetic?
Felipe Oliveira Baptista: They’re actually very different worlds. Lacoste is like a global sportswear democracy, me, my own brand, I’m a very niche product. But there are some common elements, for example I love sportswear and the idea of comfort as well, and I love to work with color and graphics... There are definitely things that I will work on in the two - even if my version of a parka for my own label is going to be totally different than for Lacoste. It’s a different language, but there are going to be some bridges.
DD: Your first show for Lacoste is scheduled for September. Is there a possibility that Lacoste will start showing in Paris too?
Felipe Oliveira Baptista: It’s something I’m really starting to speak about. But for the time being it is New York.
Dazed Digital: Besides drumming up collections for your own namesake line Felipe Oliveira Baptista, you are now also heading up Lacoste. Stressed much? Tell me about your new life.
Felipe Oliveira Baptista: (Laughs). I have meetings all day, nonstop... And sometimes I have to fight with my PA’s: “Can you please do me one day without three million appointments, you know, I HAVE to design clothes” (laughs). Honestly, I’m not sleeping much. It’s pretty crazy, but it’s the beginning, so I need the time to learn.
DD: Do you feel it’s hard to switch between Lacoste and your own brand?
Felipe Oliveira Baptista: No, I’ve always been working on the side, it’s just time that is really precious. But it’s a nice exercise to go from black to white. Actually, when I was picked for Lacoste, they thought I was interesting because I have my own label and it’s something creative and different.
DD: So what are your visions for Lacoste?
Felipe Oliveira Baptista: I really want to make the brand more real and urban. Lacoste is all about color and up to now it’s almost like every season we did all the colors in the world. My idea is to create stories around color, create novelty and use color in a more subtle way to make it more realistic. That approach is quite different. I’ve also been working a lot on the evolution of fabrics, much softer, much more comfortable...
DD: Are there typical stylistic references you want to maintain or get rid of?
Felipe Oliveira Baptista: There are a lot of things I like about the brand: the sportswear, the easiness, the chicness and the relaxed [attitude]. I think, not that they were lost, but Lacoste was almost too much in a retrospective image of just tennis and 1930s. The codes of the brand are so strong. My idea is to give them maximum coherence and to work around them. I really want to give the brand a stronger reference as an everyday casual easy-wearing brand with an urban edge.
DD: Who is the typical Lacoste client you’re aiming for?
Felipe Oliveira Baptista: That’s the thing that is great about Lacoste. The polo for example, which is the number one iconic piece, you see it everywhere on everyone, from the young to the old to the rich to the poor to the stylish to the less stylish to the fashion-conscious. I think that kind of democratic dimension of the brand is very appealing. It’s not much about status or anything. It’s just a lifestyle that can appeal to a lot of people and I’m really working on that direction as well.
DD: How will your work for Lacoste compare to your own brand’s aesthetic?
Felipe Oliveira Baptista: They’re actually very different worlds. Lacoste is like a global sportswear democracy, me, my own brand, I’m a very niche product. But there are some common elements, for example I love sportswear and the idea of comfort as well, and I love to work with color and graphics... There are definitely things that I will work on in the two - even if my version of a parka for my own label is going to be totally different than for Lacoste. It’s a different language, but there are going to be some bridges.
DD: Your first show for Lacoste is scheduled for September. Is there a possibility that Lacoste will start showing in Paris too?
Felipe Oliveira Baptista: It’s something I’m really starting to speak about. But for the time being it is New York.
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