28 dezembro, 2010

man on the moon

Não é por acaso que ele é celebrado essencialmente em mercados que têm uma relação amadurecida com o hip-hop. O público adolescente que gosta de 50 Cent dificilmente se revê nele. Os militantes acham-no um desvio à norma. E os mais "alternativos" não digerem bem o seu sucesso. A forma como se posiciona é favorável em mercados que já digeriram a cultura hip-hop e já não a olham como lugar de afirmação de identidade ou de resistência, conseguindo entendê-la apenas como arte.

É um álbum apoteótico. Uma Ópera Westiana. É Kanye a celebrar-se a si próprio. E ao que o rodeia. E o que o rodeia são cada vez mais milhões, seduzidos por uma personalidade artística na esteira de Orson Welles, Coppola, Prince, Michael Jackson.

ípsilon, 24 Dezembro, 2010.

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